Arma de Comunicações
A Arma de Comunicações tem como patrono o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, desbravador das fronteiras brasileiras e indigenista. Considerado o “Bandeirante do século XX” e o maior sertanista de todos os tempos, chefiou diversas missões demarcatórias de fronteiras e percorreu mais de 100 mil quilômetros de sertões por rios, picadas na floresta, caminhos toscos ou estradas primitivas. Rondon elaborou as primeiras cartas topográficas do território até então totalmente desconhecido dos registros nacionais e trabalhou na construção de linhas telegráficas e de levantamento carto-geográfico da região que forma o atual Estado de Rondônia, nome dado em sua homenagem. De 1890 a 1916, participou das Comissões de Construções de Linhas telegráficas no Estado de Mato Grosso, que interligaram as linhas existentes do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Triângulo Mineiro à Amazônia. Rondon é, desse modo, o primeiro responsável pelo grande esforço de integração nacional pelas comunicações.
As Comunicações – a Arma do Comando – proporcionam as ligações necessárias aos escalões mais altos que exercerão a coordenação e o controle de seus elementos subordinados antes, durante e após as operações. Além disso, atua no controle do espectro eletromagnético, por meio das atividades de Guerra Eletrônica, para impedir ou dificultar as comunicações do inimigo, facilitar as próprias comunicações e obter informações. O ciclo básico da tomada de decisão é deflagrado a partir dos estímulos recebidos do ambiente. O centro decisório, após detectar, comparar, analisar, decidir e agir, reage ao ambiente, para restabelecer a situação desejada.
O Sistema de Comando e Controle (SC2), como parte integrante desse processo, precisa ser operado em tempo compatível que assegure a oportunidade na tomada de decisão. O funcionamento eficaz do SC2 é responsabilidade do comandante. Os integrantes da Arma de Comunicações podem se especializar nas capacidades necessárias ao controle das dimensões eletromagnética e cibernética do Espaço de Batalha. Essas capacidades são essenciais para impedir ou dificultar a liberdade de ação do opoente, facilitar a condução das operações da Força Terrestre e apoiar a obtenção de dados para a Inteligência.
O Curso de Comunicações do CPOR-BH tem a missão de formar o Aspirante-a-Oficial de Comunicações da Reserva do Exército Brasileiro. Nessa etapa, o aluno recebe instruções específicas da arma, tais como: Organização e Emprego das Comunicações, Segurança nas Comunicações e participa da instalação, exploração e manutenção dos diferentes sistemas de comunicações. Além disso o aluno do Curso de Comunicações tem a oportunidade de realizar o Estágio Básico do Combatente de Montanha (EBCM), no 12º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha e participar de Pedidos de Cooperação de Instrução (PCI), na 4ª Companhia de Comunicações Leve (4ª Cia Com L), no 21º Centro de Telemática (21º CT) e na Escola de Sargento das Armas (ESA).